Aeroporto de Brasília utiliza cães da raça Border Collie para auxiliar no afugentamento de pássaros de áreas próximas às pistas de pousos e decolagens do terminal
Desde 2021 a Inframerica, trabalha com o Zeca, um cão da raça Border Collie que ajuda a "equipe humana" a espantar pássaros das pistas. O trabalho eficiente fez com o que a administradora escolhesse mais um cachorro para o serviço.
Brasília, 11 de outubro de 2024 - O uso de cachorros é conhecido nas ações de gerenciamento de risco em aeroportos e desde 2021, a Inframerica, concessionária do Aeroporto de Brasília, adotou essa prática. O Zeca, um cão da raça Border Collie, foi treinado em pastoreio para ajudar a "equipe humana" no trabalho diário de afugentamento de animais que possam representar risco para a operação aeroportuária.
A condução do serviço e do auxílio do cachorro para manter a segurança das operações aéreas do aeroporto deu tão certo que a equipe de Sustentabilidade da Inframerica ganhou mais um membro: a Vida. Uma outra Border Collie que está ajudando o Zeca no afugentamento de pássaros nas duas pistas de pouso e decolagens do terminal aéreo.
A Vida passou por um longo treinamento e depois de um processo de ambientação e diversos testes para aprender os comandos do time, começou a trabalhar com o Zeca. "O trabalho dos dois cachorros tem sido muito importante. O Zeca é muito esperto e a Vida é muito ágil e rápida. Os dois juntos são um ativo importante para a segurança das operações aéreas. É incrível como eles são inteligentes e possuem uma capacidade de aprender e responder comandos diversos e complexos", conta Anelize Scavassa, líder de Fauna da Inframerica.
Os cães trabalham na área operacional do aeroporto e são treinados e adaptados ao trabalho para que eles façam apenas o afugentamento das aves e não as capturem. "O Zeca e a Vida não ficam soltos sozinhos, há sempre um condutor treinado acompanhando os animais", explica Anelize.
A líder de Fauna é bióloga e explica que as aves, com o tempo, se acostumam a ações corriqueiras e tradicionais de afugentamento como buzina, sirenes, barulho das viaturas etc. "Os predadores naturais, como os cachorros, causam medo inato nas aves, que não se acostumam com a presença dos animais e começam a evitá-lo pelo risco aparente de predação. Por isso a Vida e o Zeca tem sido de extrema importância nesse trabalho. As aves têm medo deles e assim que os avistam, voam longe", detalha.
Desde que assumiu a administração do Terminal, a Inframerica realiza este trabalho de Gerenciamento do Risco de Fauna em todo o aeródromo, que além de monitorar cercas, grades e gramados, removem os atrativos de fauna da área do aeroporto e realizam este trabalho de afugentamento e captura de animais que adentram o sítio aeroportuário. E os cãezinhos fazem parte do time.
Além do Zeca e da Vida, a Equipe Fauna também utiliza outras técnicas para afastar animais das áreas operacionais. "Estudamos o comportamento dos animais e o desenvolvimento de recursos de toda vegetação da região ano a ano para diminuir os atrativos na área. A limpeza e o manuseio dos resíduos do terminal também são muito importantes para evitar a presença de animais nas áreas sensíveis", informa Anelize. A bióloga conta também que os animais que eventualmente são capturados são soltos na natureza, em área distante do Aeroporto de Brasília.